A Biomassa é obtida através da queima de materiais orgânicos como cavaco de madeira, bagaço de cana-de-açucar, casca de arroz. Esta prática representa 9% de toda a cadeia energética brasileira, um numero significativo e crescente.
Com reservas florestais abundantes para a produção deste tipo de energia, nosso país tem se tornado referência no ramo da Biomassa. Devido ao avanço tecnológico, o Brasil viu seu mercado crescer consideravelmente, com técnicas específicas para a sua cadeia produtiva, implantação, manejo e exploração.
Um ótimo exemplo da soberania brasileira é a produtividade das florestas de eucalipto, com resultados expressivos nos últimos anos.
Todo esse desenvolvimento qualifica o país para a exploração de florestas plantadas, aproveitando a sua Biomassa, sem promover o desflorestamento. O avanço da Biomassa tem sido responsável pela evolução econômica de vários setores, utilizando o uso racional dos recursos florestais.
Inúmeras tecnologias e equipamentos estão disponíveis ao mercado brasileiro, com o objetivo de automatizar e potencializar o processo. A Siebert promove soluções completas para o setor, desde a trituração primária, refinamento da granulometria, separação e embalagem, proporcionando aos clientes uma cadeia completa de tratamento de resíduos para a composição do CDR ( combustível derivado de resíduos ).
Pesquisadores do CTBE (Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol), órgão que faz parte do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) de Campinas, tem desenvolvido iniciativas para maximizar em até sete vezes a produção de energia a partir da palha da cana-de-açucar, gerada à partir da colheita sem queima dos canaviais do Brasil.
O SUCRE (Sugarcane Renewable Eletricity) tem como objetivo mapear os gargalos da produção de biomassa no país, com o objetivo de identificar os problemas enfrentados no armazenamento e processamento de energia.
Os pesquisadores acreditam que com estudos apropriados e soluções inovadoras, é possível ampliar significativamente a prática.
O projeto trabalha em quatro frentes de ação: remoção (para avaliar o quanto de palha pode ser retirada do solo sem comprometer a qualidade da cana-de-açucar), o recolhimento (para avaliar a coleta e transporte do material), indústria (processamento, limpeza e uso em caldeiras) e, por fim, a integração (avaliação econômica e ambiental).
O projeto SUCRE conta com investimento de US$ 67,5 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente para aplicação em um período de 5 anos.